Djamila Ribeiro

Djamila Ribeiro relembra percurso de ‘Lugar de Fala’, que chega aos EUA como ‘Where We Stand’

Redação

1 de agosto de 2024

Em Seu Instagram, Djamila Ribeiro relembrou o caminho percorrido por ‘Lugar de Fala’, primeiro lançamento da coleção Feminismos Plurais (2017), e que chega em agosto ao público de língua inglesa com o nome ‘Where We Stand’. A edição é da Yale University Press. Bestseller com mais de 50 mil cópias vendidas, o livro também foi o segundo mais vendido na edição de 2018 da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), e o nono mais vendido na edição de 2019.

Em agosto sai a edição em inglês de Lugar de Fala, Where we stand. O livro será publicado pela Yale University Press e conta com prefácio da gigante Chimamanda Ngozi Adichie. Ao concretizar esse sonho, me pus a pensar sobre o caminho percorrido.

A primeira foto é de 2017, quando autografei mais de 800 exemplares para a pré venda. Segunda e terceira foto, registros do lançamento no RJ, também em 2017, quando fechamos uma rua na Lapa com mais de três mil pessoas! Na quarta foto, registro do lançamento em Belo Horizonte, em 2018, quando batemos o recorde de público do Sesc Palladium.

E foram centenas de lançamentos por todas as regiões do Brasil e no exterior. No início, carregava os livros na mala para vender, pessoas parceiras compravam passagens de avião para que eu pudesse viajar e doar exemplares. Assim fizemos para outros autores da Coleção Feminismos Plurais e já doamos milhares de exemplares!

O primeiro livro, de um projeto coletivo e independente, finalista do Jabuti e segundo livro mais vendido da Flip 2018. Abriu portas para outras editoras, o primeiro a ser traduzido e o que me leva agora para os EUA. Lugar de Fala é leitura obrigatória para o vestibular da Univ. Federal do Paraná e está presente em diversas bibliografias de cursos, inclusive na França. Centenas de milhares de pessoas afetadas.

Foram muitas tentativas de deslegitimação e ataques. Pessoas esvaziaram o conceito sem nunca terem lido o livro, outras tentaram atrapalhar a continuidade da Coleção Feminismos Plurais. Foram muitos os desafios. Sofri, chorei, enxuguei as lágrimas. Segui.

Hoje, escrevendo mais um livro, participando de novos projetos editoriais, agradeço pela coragem de ter escrito esse livro. Hoje, prestes a lecionar nos EUA com esse livro disponível em inglês, vejo como tudo valeu a pena. São muitas as barreiras quando decidimos seguir um caminho independente e honesto, sobretudo quando somos mulheres negras que se colocam intelectualmente. Mas devemos seguir, com a espinha ereta e o coração tranquilo. Nada vem sem luta.

Quando a gente sabe quem é, aquilo que queremos no mundo, as forças ancestrais nos sustentam. Somos fortalecidas por esse axé ancestral❤️🏹🔥

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