Djamila Ribeiro

Djamila Ribeiro visita o IEB da USP e celebra impacto do ‘Fundo USP Diversa’ na formação de novos intelectuais

Redação

26 de abril de 2025

Conselheira do Fundo Patrimonial da Universidade de São Paulo (USP), a professora Djamila Ribeiro esteve, na última quinta-feira (24), no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP para um encontro com patronos e estudantes bolsistas do ‘USP Diversa’, um dos fundos patrimoniais da instituição que conta com o seu apoio. 

Ribeiro foi recebida por estudantes que atuam diretamente na organização e tratamento dos acervos históricos do IEB. Ela destacou a importância desse instrumento para a formação dos alunos. “Fiquei muito emocionada de vê-los aqui, tão jovens, com essa oportunidade de ter um ensino de excelência, graças a esse trabalho do Fundo”, afirmou a professora, que representou o Conselho no evento, acompanhada de outros conselheiros, como o presidente Hélio Nogueira da Cruz, e de possíveis doadores para o ‘USP Diversa’.

 

O IEB, fundado por Sérgio Buarque de Hollanda, em 1962, é um órgão de integração da USP, que tem como desafio a reflexão crítica sobre a sociedade brasileira por meio da articulação de diferentes áreas das humanidades. Atualmente, é um dos principais centros de referência na guarda de arquivos pessoais de intelectuais brasileiros, como Mário de Andrade, Anita Malfatti, Milton Santos, Graciliano Ramos, João Guimarães Rosa, Alice Canabrava, entre outros. 

A organização e a ampliação do acesso a esses documentos contam com o trabalho dos estudantes bolsistas do ‘USP Diversa’, um fundo patrimonial dedicado exclusivamente ao programa de concessão de bolsas de permanência estudantil. Por meio do incentivo, os alunos têm a oportunidade de atuar nos acervos, ao lado de profissionais especializados.

 

 

Memória viva e formação de novos intelectuais

Para além de resguardar a história, o trabalho desenvolvido no IEB proporciona aos estudantes a vivência concreta com a memória intelectual brasileira. Elisabete Marin Ribas, funcionária do Arquivo do Instituto, destacou o caráter social dos arquivos. “Eles servem à sociedade na qual estão inseridos. E, por meio do contato íntimo com a documentação de grandes nomes, nossos alunos se reconhecem como pertencentes à nossa História e à nossa Cultura”, disse.

A documentalista também assinalou o papel essencial do Fundo USP Diversa para a participação ativa dos estudantes na organização dos acervos, “democratizando o acesso ao conhecimento e fortalecendo a diversidade nos espaços acadêmicos”.

Nas palavras de Elisabete, os Fundos de apoio à permanência estudantil são muito mais que recursos financeiros entregues aos alunos e alunas que necessitam desse apoio para enfrentar os desafios do início de suas carreiras. 

“Fundos como o ‘Diversa USP’ são programas de esperança, que colaboram com a preservação do passado, estimulam e desafiam o presente, mas, sobretudo, lançam luz ao futuro de nossos jovens intelectuais”, disse.

Elisabete lembrou que são os Fundos do Programa de Bolsas voltados à permanência estudantil que permitem que alunas e alunos, das mais diversas origens, tenham aporte financeiro para atuar nos espaços universitários e usufruir da riqueza desses locais. 

“É por meio da ampliação de programas de ingresso e permanência, que contemplam a diversidade de nossos alunos e alunas, que locais como os de guarda de arquivos pessoais, como o do IEB, não apenas acolhem e ensinam esses jovens intelectuais, mas, sobretudo, aprendem, se atualizam e se alimentam dessa juventude e de todas as qualidades que caracterizam essa potência juvenil”, ressaltou.

 

 

Contato com a história

Durante a visita, Djamila Ribeiro teve a oportunidade de manusear documentos históricos, como o original do poema “No meio do caminho”, de Carlos Drummond de Andrade, e uma carta enviada por Mário de Andrade à artista plástica Anita Malfatti. 

“Uma experiência magnífica poder ver tão de perto esses arquivos, esse trabalho tão fundamental para a preservação da nossa memória”, escreveu a filósofa nas redes sociais.

Djamila ainda presenteou os convidados com exemplares de ‘Where We Stand’ (edição em inglês de ‘Lugar de Fala’, publicada pela Yale University Press), reafirmando seu compromisso com a circulação de ideias e a construção de um pensamento crítico acessível.

Legado para o futuro

Luciana Maria Chalita Campos, gerente de Desenvolvimento Institucional do Fundo Patrimonial da USP, também ressaltou o impacto do ‘USP Diversa’ na vida intelectual dos estudantes. 

“O ‘Fundo USP Diversa’ nasceu com o propósito de garantir que o talento não seja interrompido pela falta de recursos, que esses jovens brilhantes consigam estudar com dignidade e aproveitem o melhor que há na USP. Somos pioneiros como fundo patrimonial específico à permanência estudantil em uma universidade pública no Brasil”, disse.  

Luciana lembrou ainda que o ‘USP Diversa’ adota um modelo no qual o dinheiro doado não é gasto imediatamente. As doações ficam investidas em aplicações financeiras e apenas os rendimentos são utilizados. Ou seja, o capital principal permanece preservado, gerando recursos ano após ano.

“Esse mecanismo assegura a sustentabilidade e perenidade do Fundo, permitindo que os rendimentos das doações financiem bolsas de permanência de forma contínua. Assim, os doadores têm a oportunidade de deixar um legado duradouro, que será cuidadosamente administrado para apoiar gerações futuras de estudantes”, concluiu.

 

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